terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para além da desorganização (ou adolescente no fim de semestre)

Acho que hoje foi meu ápice.
Ontem, havia percebido que estava meio úmido o chão aonde a bolsa tinha passado o dia... até cheguei a pensar "devo ter largado um suco aí e vazou", mas tava tudo sequinho, então fui dormir.
Hoje a tarde, resolvi pegar meu caderno pra ver se havia feito algumas anotações... ok, o caderno tava molhado.
Puxei a mochila, o chão tava molhado.
FODEU.
Cada material que eu tirava estava com uma umidade peculiar, e um aroma muito artificial de maçã...
É, eu tive a capacidade de largar estourar uma caixinha de suco de maçã sem perceber.
Foi tragi-cômico o negócio.
Corre buscar pano, secar o chão, colocar as folhas (que em breve serão sabor maçã) pra secar, colocar o negócio que a facu carimba pra por passe pra secar (sinto que me lasquei nessa daí mas bobagem), tirar o resto das coisas...
Aí eu fui procurar a matéria que queria...
Acho, mas tá faltando uma folha.

Oh droga, mas será possível que eu não consigo manter nada em plena organização?
Até um ponto eu me aceito, algumas coisas jogadas por aí, outras em lugares estranhos porém estratégicos, a famosa "bagunça organizada"... mas tem hora que eu ultrapasso tanto isso, que nem eu me acho. A bagunça já não é mais minha, porém fui eu que fiz, mas não há tempo pra arrumar, e ninguém fará isso por mim, afinal, só eu vou saber o que ali é imprestável ou não.
A questão é que minha bagunça tá excedendo meus limites. Eu nunca fui um poço de organização, mas sempre mantive as coisas numa certa ordem, algo num nível que não chega no caótico... mas desta vez, parece que eu fazer algo implica em bagunçar - e não arrumar - outro, o que não é confortável, em termos físicos e sentimentais.
Mesmo querendo negar, sei que isso tem a ver comigo (é claro que tem, a bagunça é sua, dã).
Chego à conclusão que minhas coisas não estão bagunçadas só por fora...
Por mais que eu conviva com a bagunça, e ela me faça rir, às vezes lembro de prestar atenção no meu quarto, e vejo que tanta bagunça não é tão bom assim, e que é preciso um mínimo de organização de verdade, para manter tudo nos meus conformes.
O mais irônico é que o meu empenho necessário pra organizar é do mesmo tamanho que o empenho necessário pra desorganizar...

E sendo que meu empenho se inclui em pensar e sentir, é só esperar mais alguns dias e eu mudo o foco.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

um poeminha qualquer

Eu sei que a agonia,
na hora que vira alegria
se mete até a ser poesia
no sorriso chega a cantar
 

Uma gosta de doer,
a outra gosta de amar,
brincam de coexistir,
aonde sentimento é mar
 

E quem dera eu entendesse,
de tudo que é sentimento,
da agonia de qualquer momento,
que é só alegria querendo entrar
 

E me cubro de palavras,
calçando olhares e textos mudos,
vestindo gestos e reticências,
só para ver se te entendo,
só pra te trazer pro meu mundo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

I speak of madness, my heart and soul.

E a escrita me conforma,
quando não quero que ninguém mais faça isso por mim.
E o pranto me liberta,
quando sei que ninguém mais pode fazer isso por mim.
Dos sentimentos, nomeio como angústia os que não quero pronunciar.
E de tudo lhe falaria,
se eu ao menos entendesse o que tanto tenho pra contar.