quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Delusion's poem


People with tiny minds
also should have tiny bodies
- not bigger than an ant -
and live on a human's sized world.

That way, their thoughts wouldn't be able to escape,
to be spoken,
to be listened,
or to be seen.

And the world could be able to have
in a tiny quick time,
a tiny little hope
to be a tiny little better.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

"Nada deve parecer impossível de mudar"


Tenho encontrado na pureza das vozes um ritmo para caminhar,
Já que os passos descompassados preferem não opinar nos pensamentos tortuosos.
Porém em tudo que ouço,
me ouço,
silenciando as agonias ao sentir em minhas entranhas os caminhos não vistos na angústia de toda aflição.
Assim todos os sentidos se voltam à música das falas,
das vozes sem melodia,
dos sons atrelados às vidas que não se pertencem,
ou ainda pior,
às vidas que não se pertencem porquê não sabem.

E diante da falta de sentido,
munida de todos sentidos,
nada mais será capaz de calar as inúmeras vozes que repousam comigo os gritos de todos os nossos silêncios,
Que repetidos no desespero diário donde os fracos não tem vez,
Fazem nascer o desejo de ouvir a voz que há em todos os silêncios repletos de desespero.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Primavera.


Enquanto não sinto,
Fujo,
Me resguardo no que fui e no que procuro ser,
Fecho portas e abro janelas pra melhor sentir o cheiro das flores
- mas sem tocá-las, pois tem espinhos.

Enquanto sinto,
Fico,
Abro as portas para dar livre passagem
ao perfume, aos espinhos
e às petalas, porque são macias
- talvez valha o risco tocá-las.

Enquanto fujo,
Sinto,
O que não fui porque não pude ser,
O que não fui porque não quis ser
e me resguardo no que ainda há de meu em mim
- as flores mortas estão só lá fora.

E enquanto fico,
Sinto e não mais fujo.
As cicatrizes pelas flores mortas
tornam-se sabedoria em botão,
E ao sentir suas pétalas,
sorrio pelo que sou.
- floresci.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Perdoe-me o mau humor


Não lido muito bem com meu ócio
Não entendo muito bem meus limites
Não julgo muito bem meus lapsos
Não aceito muito bem meus erros.

O bem que não faço a mim transbordo em antônimo aos outros.
Sendo assim, portanto, perdoe-me o mau humor.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Esvaziou-se


Da mesma forma que fizera com as folhas do outono e com o frio do inverno, decidiu por livrar-se e aquecer-se.
Carregava suicídios de outros carnavais, embora não demonstrasse os corpos na bagagem. Se pensasse em quantos suicídios alguém é capaz de carregar, talvez não soubesse como proceder diante do próximo.
Pensou pouco e não hesitou em conformar-se que soaria de forma tão igual que doeria por ser tão diferente.
É que nunca fora um ato simples, tampouco seria agora, munido de novas memórias somadas às antigas lembranças...
Incapaz de imaginar, apenas começou a sentir, e a dor era tão concreta… Era praticamente palpável naquele peito arfante pressionado pelo travesseiro velho, ambos incansáveis à mesma melodia fúnebre e linda, única e repetitiva.
Tão bela e angustiante era a morte, quanto mais a de si.
Enquanto tudo prosseguia, a calmaria arrastava-se aos passos lentos da coragem de um suicídio. Jamais  acreditara realmente que esvaziar-se doeria mais que a partida.
Nada a ser feito agora. O vazio se alimenta daquilo que lhe conforta e sendo assim, encontrara em si seu repouso.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dádiva dos tolos



Havia um coração
que era maior que o mundo,
e que de tanto sentir
o muito lhe parecia escasso.
Ele orava para que pertencesse
à dádiva da sanidade,
que na sabedoria dos grandes
era fazer-se razão
para que se encontrasse a liberdade.
Tolos esses grandes,
pois só se é são
enlouquecendo,
liberdade é pensar
sabedoria
como o pulsar da razão
entre os sentimentos.

(Quão racional pode ser um coração?)