Havia serenidade ao observar a lentidão dos passos. Cada um
deles era analisado como uma convincente pedra falsa, com um carinho que vai
além do peso do coração.
Conforme os passos perdiam-se de vista, a bússola parecia
perder seu norte. Mas que tolice pensar assim quando se sabe que a distância percorrida
era pelo sabor de novos ares, jamais pelo amargo da dúvida.
E a paciência já não era uma virtude àqueles que apenas
esperam, mas sim uma condição. E sua razão seria desconhecida enquanto os
passos não voltassem à vista, até mesmo por aqueles que já sentiram a dor de
não ter-se.
Ninguém jamais seria capaz de explicar a lentidão daqueles
passos distantes.
E nem precisaria.Daquilo que eleva a alma não se necessita entendimento, e sim que se sinta.
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